segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mulheres com câncer de mama inicial não completam tratamento

A maioria das pacientes com a doença em estágio inicial não completa terapia hormonal prescrita, revela um novo estudo



Mulheres abaixo dos 40 anos, acima dos 75 anos, que fizeram apenas a retirada do tumor em vez de mastectomia e que tiveram outra doença são as mais propensas a descontinuar a terapia mais cedo.
Pesquisadores norte-americanos examinaram os arquivos farmacêuticos de 8.769 mulheres diagnosticadas com estágio 1, 2 ou 3 de câncer de mama hormônio-sensível entre 1996 e 2007. Cada mulher tinha pelo menos uma prescrição para terapia hormonal em um ano de diagnóstico de câncer de mama. As mulheres usavam tamoxifeno (43%), inibidores de aromatase (26%) ou as duas medicações (30%).
Ao final da análise, constataram que aproximadamente 49% delas completaram todo o regime prescrito de terapia hormonal. Após quatro anos e meio, 32% delas pararam de tomar o hormônio. Entre aquelas que não pararam, 72% terminaram sua programação (o que significa que tomaram a medicação mais de 80% das vezes).
Em geral, segundo os pesquisadores, elas param a terapia hormonal mais cedo por uma série de razões, incluindo os efeitos colaterais como dores e fadiga, falta de entendimento sobre os benefícios da terapia, e o alto custo dos medicamentos.
“Frequentemente, os médicos não têm consciência da obediência do paciente e isto vem se tornando um assunto importante no câncer”, disse o líder do estudo, Dawn Hershman, professor associado de medicina e epidemiologia no Centro Médico da Universidade de Columbia, em um material de divulgação do Journal of Clinical Oncology. O estudo foi publicado no site do jornal no final de junho.
“É muito preocupante que pacientes abaixo dos 40 anos tenham o maior índice de descontinuação porque são as pacientes com maior expectativa de vida”, diz ele. “Se nós pudéssemos entender melhor as questões envolvidas, poderíamos entender porque pacientes não aderem a outros tratamento que saiam da clínica, como a quimioterapia oral, tão frequentemente quanto gostaríamos.

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